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O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrava-se dividido nesta segunda-feira (14) sobre os pedidos árabes para a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia. Enviados árabes e europeus enfatizam a necessidade de uma resposta urgente da ONU à ofensiva das forças leais ao coronel Muamar Kadafi, que dia após dia têm ganhado terreno nos choques com os rebeldes.

Na opinião de diplomatas lotados na ONU, as diferenças de opinião entre as principais potências farão com que ações negociadas levem dias até que sejam articuladas. O Reino Unido e a França trabalham em um rascunho de resolução sobre a criação de uma zona de exclusão aérea. A iniciativa conta com o apoio da Liga Árabe. Rússia e China lideram a oposição à proposta, enquanto Estados Unidos, Alemanha e outros integrantes do CS da ONU têm dúvidas sobre a medida.

Vitaly Churkin, enviado da Rússia à ONU, observou que questões cruciais sobre o funcionamento da zona de exclusão aérea não foram respondidas pelos defensores da proposta. "Se há uma zona de exclusão aérea, quem irá implementá-la? E como isso será feito?", questionou o diplomata russo. "Não dispomos de informações suficientes".

A Alemanha também tem dúvidas sobre a criação de uma zona de exclusão aérea. "Questões foram levantadas e algumas delas não foram respondidas", disse Peter Wittig, representante alemão no CS da ONU. Ele defende a imposição de sanções políticas e econômicas mais rigorosas para intensificar a pressão sobre Kadafi.

Ainda assim, o embaixador francês Gerard Araud disse acreditar na possibilidade de aprovação ainda esta semana de alguma medida. "Não existe uma recusa total. Há perguntas. Mas acho que estamos avançando", declarou. As informações são da Dow Jones.

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