Cuba comemora nesta quinta-feira o 56º aniversário de sua revolução com um programa de concertos e bailes populares, destacou a imprensa local, mas não está previsto nenhum ato político.
Como é tradição, a ilha festeja o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro em 1959 no primeiro dia do ano. Desta vez, existe muita expectativa em relação ao anúncio do restabelecimento de relações diplomáticas entre a ilha e os Estados Unidos, feito em 17 de dezembro.
Segundo o Ministério de Cultura, irá ocorrer uma jornada chamada "Cuba Va", que se estenderá até o dia 3 de janeiro com várias iniciativas artísticas.
Estão previstas atividades culturais que incluem desde a habitual cerimônia que o Balé Nacional dedica em Havana ao triunfo da revolução, até espetáculos de dança em praças e parques, nos quais atuarão orquestras populares.
O jornal oficial "Granma" destacou em sua capa que em 2015 a ilha começará a viver os 57 anos da revolução, e publicou uma frase do presidente cubano, Raúl Castro, ressaltando que a "inquebrantável fé na vitória" que Fidel introduziu nos cubanos "continuará conduzindo" o povo.
Na televisão, foram transmitidos nos últimos dias documentários lembrando a figura de Fidel Castro, que deixou o poder em 2006 por motivos de saúde. O ex-presidente ainda não se pronunciou publicamente sobre o restabelecimento de relações com Washington nem sobre o retorno dos agentes cubanos que estavam presos nos EUA.
A libertação dos cinco agentes, que na ilha são considerados "heróis antiterroristas", foi uma das principais bandeiras do líder cubano nos últimos anos de seu mandato.
Outros meios de comunicação divulgaram mensagens de felicitação enviadas em função do aniversário da revolução por governantes como os presidentes russo, Vladimir Putin, venezuelano, Nicolás Maduro, nicaraguense, Daniel Ortega, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un.
O primeiro ato para lembrar o triunfo da revolução aconteceu logo após a meia-noite na fortaleza colonial de San Carlos de la Cabana, em Havana, onde cadetes das Forças Armadas Revolucionárias dispararam 21 salvas de artilharia em cerimônia aberta ao público.
Em Santiago de Cuba, segunda cidade mais importante do país e considerada "berço" da revolução, foi realizada na mesma hora a "festa da bandeira", tradição relacionada à independência da ilha que reúne centenas de pessoas em uma praça, onde se iça a bandeira cubana e de acordo com a forma como ela tremula, fazem-se presságios sobre como será o novo ano.
"Os reunidos esperaram um amplo ondear em céu soberano e estrelado, e assim ocorreu, o que indica -segundo presságios de muitos- que os próximos 365 dias serão promissores, como necessita a nação para seguir construindo uma sociedade melhor para seus filhos", disse hoje Agência de Informação Nacional.
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