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Reconhecimento

Cuba condecora Kirill como promotor de sua amizade com Rússia

Em Cuba, Kirill também teve um encontro histórico com o papa Francisco | Yamil Lage/AFP
Em Cuba, Kirill também teve um encontro histórico com o papa Francisco (Foto: Yamil Lage/AFP)

O presidente cubano, Raúl Castro, condecorou neste sábado (13), em Havana, o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, por seu ativismo a favor da amizade entre os dois países.

“A Igreja Ortodoxa Russa teve um papel importante na construção dessa relação e, em particular, seu primaz, o patriarca Kirill, que soube contribuir, com sua difusão, para os melhores valores que nos unem”, afirma o decreto do Conselho de Estado, lido por seu secretário, Homero Acosta.

Kirill chegou a Cuba, na quinta-feira, em visita oficial. Na sexta-feira (12), teve um encontro histórico com o papa Francisco, no qual ambos deixaram para trás um milênio de divergências, comprometendo-se, de forma ecumênica, a realizar ações contra a guerra e contra o terrorismo, e a favor da paz.

“Considerei meu dever apoiar as relações em nossa sociedade e fazer todo o possível para que as relações entre nossos Estados e povos cheguem a um novo nível, mais alto”, afirmou Kirill, ao receber a Ordem José Martí, a mais alta condecoração concedida pelo governo de Cuba.

Na cerimônia oficial, no Palácio da Revolução de Havana, estavam presentes Raúl Castro, o vice-presidente Miguel Díaz-Canel e o chanceler Bruno Rodríguez.

Na manhã deste sábado, Kirill depositou flores no túmulo do Soldado Internacionalista Soviético, no oeste de Havana.

Principal aliada de Cuba de 1960 a 1990, a então União Soviética manteve uma brigada militar na ilha a partir da Crise dos Mísseis, em outubro de 1962, até 1995. Muitos soldados morreram por acidentes e doenças.

O primaz russo também visitou a escola especial Solidariedade com Panamá, voltada para crianças deficientes, onde fez uma doação.

No domingo, Kirill oficiará uma liturgia na catedral ortodoxa Nossa Senhora de Cazã, consagrada em 2008 como “um monumento à amizade cubano-russa”, como escreveu na época o então líder cubano Fidel Castro.

Depois da liturgia, Kirill segue sua viagem latino-americana, que o levará ainda ao Paraguai e ao Brasil.

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