Cuba considera sanções dos EUA a Venezuela arbitrárias e agressivas

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O governo cubano manifestou seu apoio incondicional à Venezuela. Na declaração publicada na primeira página do jornal oficial Granma desta terça-feira (10), Havana considera arbitrária e agressiva a decisão do presidente americano, Barack Obama, de aplicar sanções a funcionários do governo venezuelano e de considerar o país uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.

Uma carta de Fidel Castro, na mesma página, elogia o discurso pronunciado pelo presidente Nicolás Maduro no fim da noite de segunda-feira. “O Governo Revolucionário da República de Cuba reitera seu incondicional apoio e o de nosso povo ao governo legítimo do presidente Nicolás Maduro”, diz um trecho do comunicado.

Na segunda-feira, os EUA aumentaram o nível de sanções contra a Venezuela, numa escalada de tensões. Caracas chamou seu encarregado de negócios em Washington para consultas — os dois países estão sem embaixadores.

Ao mesmo tempo, Estados Unidos e Cuba iniciam uma reaproximação diplomática. O comunicado desta terça-feira marca a primeira desavença pública entre os dois países nessa nova fase de relacionamento, enquanto Havana se pronuncia a favor de seu principal aliado desde o fim da União Soviética.

“Ninguém tem direito de intervir em assuntos internos de um Estado soberano, nem de declará-lo, sem fundamento algum, como ameaça à sua segurança nacional”, diz o texto. Já Fidel felicita Maduro pelo “brilhante e valente discurso”.

A União Europeia, por sua vez, anunciou nesta terça-feira que acompanha a situação na Venezuela, mas que não considera impor medidas restritivas ao país.