Cuba divulgou nesta sexta-feira que a economia do país cresceu 12,5 por cento este ano, o ritmo mais rápido no hemisfério ocidental, e que o déficit orçamentário continua sob controle apesar de um aumento de 32 por cento nos gastos públicos.
Segundo o governo comunista, que usa uma fórmula própria para medir o desempenho da economia, incluindo os serviços sociais subsidiados, o país teria um crescimento de 9,5 por cento, de acordo com padrões tradicionais de medição.
O ministro da Economia e do Planejamento, José Luis Rodriguez, afirmou na sessão de fim de ano ao Parlamento que o salto do Produto Interno Bruto foi ``a maior taxa da nossa história revolucionária... e também a mais alta da região''.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (ECLAC), da ONU, afirmou este mês que a fórmula cubana ainda está sendo avaliada e é baseada em estimativas do valor de mercado de serviços sociais gratuitos e bens subsidiados, assim como em serviços médicos e de outros produtos exportados principalmente para a Venezuela.
``Continuaremos a exigir o direito de ter nossos dados publicados por todas as organizações internacionais, especialmente aquelas dentro do sistema da ONU'', disse Rodriguez.
Cuba alegou ter crescido 11,8 por cento no ano passado, enquanto fontes como a Unidade de Inteligência Econômica e a CIA avaliam que a fórmula aumenta o crescimento entre 3 e 4 pontos percentuais.
A ministra das Finanças, Georgina Barreiro, disse ao Parlamento que o déficit orçamentário do ano foi um pouco menor do que em 2005, totalizando 3,2 por cento do PIB, apesar de um aumento nos gastos de 25 bilhões de pesos em 2005 para cerca de 33 bilhões de pesos este ano.
Barreiro disse que os gastos devem aumentar 9,1 por cento em 2007.
O valor oficial do peso em Cuba é 92 centavos de dólar, mas nas casas de câmbio estatais a moeda é negociada a menos de 5 centavos de dólar.
Pela primeira vez em muitos anos, não foi revelada nenhuma informação sobre as finanças externas ou o comércio exterior de Cuba na seção da Assembléia Nacional, que se reúne duas vezes por ano.
Com base em dados fornecidos pelo governo cubano, a ECLAC afirmou que a exportação de bens e serviços totalizou 10,433 bilhões de dólares este ano, contra 7,2 bilhões em 2005, em boa parte graças a um crescimento de 53 por cento na exportação de serviços.
O relatório diz que as importações foram 10,352 bilhões de dólares, comparadas a 7,963 bilhões em 2005.
``Houve um aumento das reservas internacionais e um leve declínio na dívida externa'' disse a ECLAC.
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