Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
MERCOSUL

Cúpula do Mercosul sem Maduro e com Macri debate direitos humanos

O presidente Horácio Cartes aperta a mão do presidente argentino Mauricio Macri na abertura da 49ª Reunião da Cupula do Mercosul. | JORGE ADORNO/REUTERS
O presidente Horácio Cartes aperta a mão do presidente argentino Mauricio Macri na abertura da 49ª Reunião da Cupula do Mercosul. (Foto: JORGE ADORNO/REUTERS)

Os presidentes do Mercosul se reúnem nesta segunda-feira, 21, em Assunção em uma cúpula com mudanças de direção no campo econômico e marcada pela abertura comercial do argentino Mauricio Macri, pela ausência do venezuelano Nicolás Maduro e por um debate sobre os direitos humanos e os desafios econômicos no bloco.

Além de Macri, participam da reunião os presidentes dos demais países do Mercosul: a presidente Dilma Rousseff, o uruguaio Tabaré Vázquez e o anfitrião Horacio Cartes. Também assistem, como membros associados, Michelle Bachelet, do Chile, e Evo Morales, da Bolívia.

A presença de Maduro foi descartada na noite de domingo, alegando compromissos internos que coincidem com seus recentes desencontros verbais com o novo líder argentino. O presidente venezuelano será representado por seu chanceler, Delcy Rodríguez.

Espera-se que Macri, que já havia questionado a saúde da democracia na Venezuela, peça na cúpula a libertação dos políticos presos no país caribenho, cujos estandartes são os opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, após julgamentos questionados por organizações de direitos humanos.

Em sua reunião no domingo para preparar a declaração final, os ministros das Relações Exteriores debateram os direitos humanos no bloco, mas evitaram a qualquer custo abordar o tema da Venezuela com a imprensa.

O chanceler Eladio Loizaga do Paraguai, país que entrega a presidência temporária ao Uruguai após a cúpula, afirmou aos jornalistas que foi discutido o estabelecimento de uma comissão que vigie os direitos humanos, como as que existem na ONU e na OEA: “Também em nível Mercosul queríamos ter um instrumento que possa ir medindo este compromisso”.

O ministro acrescentou que se espera que a Venezuela, que se uniu ao bloco em 2012, assine o Protocolo de Assunção sobre direitos humanos, que tem 10 anos.

“É importante para o Paraguai que todos os cidadãos que tenham uma dívida com a justiça recebam um tratamento em conformidade com o Estado de Direito, que se respeite o devido processo e que o cidadão tenha direito a uma livre defesa”, disse Loizaga.

Mas esclareceu que “não existe nenhum impasse” com o governo venezuelano, que acaba de sofrer um revés após a vitória esmagadora da oposição nas eleições legislativas de 6 de dezembro.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.