Líderes de 47 países fecharam nesta terça um acordo, em Washington, para controlar o material nuclear ao redor do mundo em quatro anos e evitar qualquer conspiração terrorista, afirma um comunicado conjunto obtido pela agência de notícias AFP. "Nós elogiamos e nos juntamos ao chamado do presidente dos EUA, Barack Obama, para garantir a segurança de todos os materiais nucleares vulneráveis em quatro anos e trabalharemos juntos para aumentar a segurança nuclear", disseram os líderes no comunicado que será liberado em breve.
A promessa vai de encontro ao desafio ressaltado na cúpula por Obama, que alertou sobre o risco de uma "catástrofe" se grupos extremistas conseguirem material nuclear para construir uma bomba atômica. Os governantes dos países ressaltaram medidas que serão adotadas para combater o tráfico de materiais nucleares.
Entre essas medidas, está o compartilhamento de informações e da experiência em detectar, investigar e cumprir a lei quando necessário. Os líderes também disseram reconhecer "a necessidade de cooperação entre os Estados para, efetivamente, prevenir e responder aos incidentes do tráfico nuclear ilícito".
Eles também afirmaram que o braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para monitorar o uso da energia nuclear no mundo, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), permanece a principal estrutura para combater a proliferação nuclear, com um "papel principal" nessa tarefa. Os participantes da cúpula se comprometeram a "garantir que a AIEA continue a ter estrutura, reservas e experiência apropriadas".
Ao mesmo tempo, os participantes do encontro disseram que o aumento na segurança não deve "infringir os direitos dos países em desenvolver e utilizar a energia nuclear para objetivos pacíficos".
EUA x Rússia
Os Estados Unidos e a Rússia assinaram um acordo para eliminar a enorme quantidade de material nuclear que poderia ser usada para abastecer cerca de 17 mil armas atômicas. A secretária de Estado Hillary Clinton, e o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, selaram o acordo nesta terça-feira, à margem do encontro nuclear em Washington.
Pelo acordo, os dois países se comprometeram a destruir 68 toneladas métricas de plutônio a partir de 2018. A destruição será inspecionada e monitorada por especialistas e tem como objetivo assegurar que os estoques nunca serão usados para a fabricação de armas ou outros propósitos militares. Com informações da Dow Jones.
Polícia isola prédio do STF após explosão de artefatos na Praça dos Três Poderes
Congresso reage e articula para esvaziar PEC de Lula para segurança pública
Lula tenta conter implosão do governo em meio ao embate sobre corte de gastos
A novela do corte de gastos e a crise no governo Lula; ouça o podcast