As tropas curdas ("peshmergas") tomaram o controle total nesta quinta-feira (12) da cidade petrolífera de Kirkuk, no Iraque, após o exército e a polícia federal abandonarem a localidade, que também está ameaçada pela ofensiva dos insurgentes sunitas.
A retirada do exército iraquiano da cidade - disputada entre o Executivo central e o governo de Curdistão - coincide com a ofensiva dos insurgentes sunitas liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que tomaram o controle de algumas regiões da província de Kirkuk.
Um responsável do alto escalão da União Patriótica do Curdistão (UPK), Sadi Pire, disse que a cidade está tranquila e que os "peshmerga" tomaram as medidas adequadas para enfrentar qualquer eventual ataque.
Pire afirmou que as forças de segurança curdas controlam o prédio do governo e que a polícia local segue na cidade.
Por sua parte, uma fonte de segurança local confirmou à Efe que a cidade foi tomada pelas tropas curdas e informou que menos duas novas brigadas de "peshmergas" chegaram na cidade.
Kirkuk, situada a 250 quilômetros ao norte de Bagdá, é disputada por árabes, curdos e turcomanos.
Os curdos, maioria na cidade, desejam anexá-la as três províncias que formam o Curdistão iraquiano, ao contrário do que defendem as minorias de árabes e turcomanos, assim como Bagdá.
Na terça-feira, as tropas iraquianas foram obrigadas a se retirar de Mossul, a segunda maior cidade do país e capital da província de Ninawa.
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, classificou ontem a ação de "conspiração" e convocou os cidadãos a enfrentar os radicais de forma voluntária.
Há dois dias, os insurgentes sunitas capturaram os edifícios governamentais e de segurança de várias povoações situadas ao sul e ao oeste de Kirkuk, após tomar Mossul.
No entanto, o exército iraquiano recuperou hoje o controle da cidade iraquiana de Tikrit, capital da província de Salah ad-Din, após combates com os insurgentes sunitas que invadiram ontem a localidade, informou a televisão estatal "Al-Iraquiya".
O EIIL, que pretende criar um emirado islâmico no país e na Síria, ameaçou prosseguir "suas conquistas" no Iraque e avançar rumo a Bagdá e as cidades santas xiitas de Karbala e Najaf.
O parlamento iraquiano analisa hoje decretar estado de emergência em todo o país diante do avanço dos insurgentes sunitas, tal como solicitou há dois dias Maliki.
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