O curitibano Igor Kipman, de 56 anos, foi obrigado ontem a interromper suas férias para integrar a delegação brasileira que partiu para o Haiti. Ele estava em Brasília e participou das primeiras reuniões realizadas ainda na madrugada de ontem para definir o plano de ajuda ao país caribenho. No começo da tarde, horário de Brasília, ele embarcou junto com o ministro Nelson Jobim, da Defesa, e outros brasileiros, rumo ao Haiti.
Desde 2008, Kipman é o embaixador do Brasil no país caribenho. Dentre suas funções, está o auxílio à Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah, na sigla em francês), a força de paz comandada pelo Brasil que teve ao menos 11 baixas por causa do terremoto.
Nos últimos seis anos, Kipman esteve diretamente relacionado aos problemas daquele país. Em 2004, quando era chefe da Divisão do México, América Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, o diplomata auxiliou na implantação do primeiro contingente de soldados brasileiros no Haiti. Hoje, a missão liderada pelo Brasil fornece 1,2 mil militares. O contingente total é de 7 mil soldados, provenientes de 41 países.
Kipman vai se juntar à esposa, a embaixatriz Roseana Teresa Aben-Athar Kipman, que está no Haiti. Foi ela quem descobriu o corpo da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, segundo relato de diplomatas brasileiros que acompanham a tragédia. O corpo estava sob os escombros da sede de um projeto humanitário, cuja laje desabara.
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