Informações da inteligência sobre as forças rebeldes que combatem o líder líbio Muamar Kadafi indicam sinais da presença da Al Qaeda e do Hezbollah, mas ainda não há um quadro detalhado sobre a oposição emergente, disse o principal comandante de operações da Otan na terça-feira.
"Estamos examinando com muita atenção o conteúdo, a composição, as personalidades, quem são os líderes dessas forças de oposição", disse o almirante James Stavridis, comandante supremo da Otan para a Europa e também comandante do Comando Europeu norte-americano, durante um depoimento ao Senado dos EUA.
Na terça-feira, as tropas de Kadafi reverteram a investida rumo a oeste das forças rebeldes, enquanto as potências mundiais se reuniram em Londres, mais de uma semana depois do lançamento da campanha militar destinada a proteger civis líbios.
Embora Stavridis tenha afirmado que a liderança da oposição parece ser composta por "homens e mulheres responsáveis" lutando contra Gaddafi, ele disse que "observamos na inteligência sinais possíveis da Al Qaeda e Hezbollah. Temos visto coisas diferentes."
"Mas neste momento não tenho detalhes suficientes para dizer que há uma presença significativa da Al Qaeda ou qualquer outra presença terrorista", afirmou ele.
O Pentágono diz que não está se comunicando oficialmente com os rebeldes líbios.
Os comentários de Stavridis foram feitos um dia depois de o presidente Barack Obama defender sua posição pela ação na Líbia num pronunciamento na TV aos norte-americanos, que estão preocupados com mais uma guerra, enquanto as tropas dos EUA já estão no Afeganistão e no Iraque.
Embora Obama tenha dito que Kadafi deve deixar o poder, ele salientou que a missão militar aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) limita-se a proteger os civis e a garantir uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.
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