O dalai-lama espera se encontrar em novembro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A informação consta de um comunicado divulgado nesta segunda (14), após semanas de conversas envolvendo funcionários norte-americanos. Segundo o comunicado, três assessores de Obama se reuniram com o dalai-lama em Dharamshala, na Índia. Eles discutiram formas de Washington "auxiliar na resolução da questão tibetana".
"Sua Santidade está ansiosa para se encontrar com o presidente Obama após a visita dele à China", afirma o texto do escritório do líder espiritual tibetano. A equipe dos EUA é liderada pela assessora da Casa Branca, Valerie Jarrett. Também estavam presentes a subsecretária de Estado Maria Otero e o funcionário do governo Michael Strautmanis.
É o grupo mais graduado dos EUA a viajar para Dharamashala desde março de 2008, quando a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, se encontrou com o dalai-lama, após uma onda de protestos no Tibete. O líder espiritual, que visitou os EUA em maio, deve viajar ao Canadá e aos EUA ainda neste mês
China
A China considera o dalai-lama um "separatista", apesar de o líder religioso reiterar que não tem intenção de tornar o Tibete independente, mas apenas preservar a riqueza cultural da área. Pequim aumentou a pressão sobre os líderes mundiais para que não se encontrem com o dalai-lama. Caso ocorra a reunião com Obama, certamente o regime chinês reagirá, podendo até mesmo prejudicar as relações bilaterais.
Obama deve realizar sua primeira visita no cargo a Pequim em novembro. Todos os presidentes dos EUA se encontraram com o dalai-lama desde George H. W. Bush, em 1991. O líder budista fugiu para a Índia há 50 anos, quando a China esmagou uma insurgência no Tibete. As informações são da Dow Jones
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