A história da luta do americano David Goldman para reaver a guarda do filho Sean, que está com o padrasto no Rio, é acompanhada de perto pela imprensa e pelo governo americano. Nos EUA, há quase uma unanimidade na defesa do retorno do menino para New Jersey, onde vive o pai. O Congresso já debateu o assunto e a secretária de Estado, Hillary Clinton, sempre deixa clara a posição americana quando se reúne com autoridades brasileiras.
O anúncio do possível retorno do menino àquele país foi anunciado em um breakingnews da rede de TV NBC, uma das três maiores dos EUA. O canal tem um contrato de exclusividade com o pai para contar a história. No relato, o canal se restringiu a apenas exibir as informações das agências internacionais. O mesmo procedimento foi utilizado pelos principais órgãos de imprensa americanos. Os jornais de New Jersey estampavam nas suas manchetes o anúncio da Justiça brasileira.
O deputado Chris Smith, que segue o caso e no dia 2 organizou um evento no Congresso em defesa do retorno de Sean aos EUA, foi o primeiro a divulgar a decisão para jornalistas americanos. Procurado pela reportagem, ele não se manifestou, esperando ainda obter mais informações obre o caso. A assessoria dele disse que o parlamentar ficou satisfeito com a decisão da Justiça do Brasil. Em depoimento a uma comissão de direitos humanos do Congresso, David Goldman, afirmou que "não dá para trazer de volta os anos que perdemos, mas tenho a esperança de tê-lo nos próximos anos. Meu filho ainda é um menino e precisa voltar para a casa agora". A reportagem não conseguiu encontrar Goldman. Era provável que ainda nesta quarta-feira (16) ele embarcasse para o Rio para trazer o filho de volta para os EUA.
Na opinião dos americanos, a história de Sean remonta à do menino cubano Elian González, em 2000. A mãe dele morreu quando fugia de Cuba de barco para Miami, sem avisar o pai. No fim, o menino chegou aos EUA e ficou sob a custódia de familiares que não concordavam em devolvê-lo para o pai, em Havana. Depois de uma disputa judicial, Elian voltou para Cuba. Segundo os americanos, os EUA foram justos em devolver o menino ao pai e esperavam o mesmo da Justiça brasileira no caso de Sean.
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