A Corte Constitucional da Tailândia abriu caminho nesta sexta-feira (24) para o adiamento de uma eleição geral convocada pelo governo para 2 de fevereiro, aumentando a pressão sobre a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, que parece cada vez mais acuada por processos legais contra a sua administração.
A Comissão Eleitoral buscou a aprovação da corte para adiar a votação, argumentando que a situação do país é muito instável para que uma eleição seja realizada com sucesso, devido aos protestos contra o governo na capital, agora no seu terceiro mês.
A primeira-ministra convocou a eleição na esperança de ter o seu poder ratificado em meio às manifestações que querem a sua saída.
"A decisão da corte vai ser provavelmente vista como parte do processo para tirar Yingluck do poder, de forma similar ao que ocorreu em 2008", afirmou Thitinan Pongsudhirak, analista político da Universidade Chulalongkorn, em Bangcoc.
Em 2008, decisões judiciais resultaram na queda de dois governos aliados do irmão da primeira-ministra e ex-premiê, Thaksin Shinawatra.
Se a corte deu à Comissão Eleitoral o direito de adiar as eleições, ela também determinou que a comissão deve concordar com o governo sobre uma nova data.
O governo tem se recusado a aceitar um adiamento de uma votação que ele deve ganhar e que a oposição promete boicotar. O ministro Varathep Rattankorn afirmou que o governo estudaria a decisão antes de decidir que medida tomar.