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Quatro milhões de pessoas sofrem todos os dias as conseqüências do degelo das regiões polares, segundo um relatório da Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) apresentado nesta quinta-feira em Bruxelas, no início do Ano Polar Internacional (IPY, na sigla em inglês). Segundo a CE, a diminuição das geleiras vai influenciar nos hábitos de milhões de pessoas de todo o planeta que dependem delas para o consumo pessoal ou para as plantações.

A redução da massa de gelo nas regiões polares vai atingir igualmente os ecossistemas marinho e terrestre, segundo o relatório elaborado por especialistas da Direção Geral de Pesquisa da CE. Há uma década, Bruxelas investiga o impacto humano e ambiental causado pelo degelo no Ártico e na Antártida resultante da mudança climática, estudo este que é financiado pelos programas de pesquisa da UE.

Os últimos programas apoiaram mais de 60 projetos específicos sobre as regiões polares. O comissário europeu de Ciência e Pesquisa, Janez Potocnik, explicou em comunicado que o degelo não afeta somente os habitantes dos pólos. "As regiões polares parecem distantes, mas suas mudanças climáticas têm um impacto global".

Um dos projetos patrocinados pela CE, o Epica, concluiu que os níveis de emissões de CO2 na atmosfera eram os mais elevados dos últimos 650 mil anos. Nos últimos 50 anos, a península da Antártida e o Ártico canadense e o siberiano sofreram um aumento nos termômetros cinco vezes superior à elevação da temperatura média na Terra.

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