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A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, pediu que haja ação rápida ante a crise econômica | Brendan Smialowski/AFP
A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, pediu que haja ação rápida ante a crise econômica| Foto: Brendan Smialowski/AFP

Conservadores servem reveses em plebiscitos

Apesar de vitoriosos nas proibições ao casamento gay, conservadores nos EUA amargaram várias derrotas – com destaque para a questão do aborto – nos 153 referendos e plebiscitos votados em 36 estados na terça-feira, ao lado das eleições presidenciais.

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Economista prevê anos difíceis para o Paraná

Por enquanto as análises ainda são baseadas nos discursos e no histórico de Barack Obama, mas a economia brasileira, e do estado do Paraná, deve começar logo a sentir os efeitos da eleição do novo presidente norte-americano. Christian Majczak, da Go4! Consultoria de Negócios explica que em um primeiro momento, mesmo antes de assumir o cargo, o "efeito Obama" será traduzido em "calma para os ânimos em consequência da crise".

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Washington - Os democratas ganharam espaço nas duas Casas do Congresso, chegando perto de uma maioria no Senado que poderia permitir ao partido passar importantes leis. Somada à vitória de Barack Obama na corrida presidencial, o Partido Democrata terá um amplo poder em Washington, o que não ocorre há décadas.

As vitórias democratas no Legislativo representam o repúdio final à chamada revolução republicana de 1994, quando o partido hoje no poder cresceu bastante. É a segunda vitória consecutiva dos democratas nas eleições parlamentares. Os democratas também venceram as eleições para governador em sete dos onze estados nos quais os cargos estavam sob disputa.

Os resultados representam uma volta à distribuição de poder encontrada em grande parte do século 20, quando os democratas controlando o Congresso lançaram propostas em temas como seguridade social e a legislação sobre direitos civis. Os democratas conquistaram cinco cadeiras no Senado e mantiveram uma que estava sob disputa, aumentando sua bancada de 51 para 56 senadores.

Até agora, eles não alcançaram o número mágico de 60 cadeiras, que permitiria passar os projetos por maioria absoluta (o senado tem 100 cadeiras). A contagem de votos para mais quatro cadeiras no Senado ainda não acabou.

Planos

A presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, pediu ontem uma ação rápida ante a crise econômica.

Os líderes democratas têm entre seus planos dar mais poder ao governo para guiar a economia e fortalecer a habilidade dos sindicatos para se organizar nos locais de trabalho. Eles também planejam ampliar a cobertura do sistema de saúde e apóiam uma lei para diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa.

O senador Charles Schumer, líder de estratégia dos democratas que concorriam ao Senado, apontou que esta é uma eleição crucial, na qual "as pessoas não só definem a mudança, mas definem uma nova relação com o governo". Para ele, o povo americano quer o governo "mais ativo, mais envolvido" na economia e em suas vidas. "Pela primeira vez em algum tempo, as pessoas sentem que precisam de ajuda."

As projeções mostravam os democratas ganhando cadeiras que eram dos republicanos no Senado em Novo México, Carolina do Norte, Virgínia e Colorado. O partido também poderia tomar a cadeira de um senador republicano em New Hampshire. Nas outras disputas, o quadro era mais acirrado.

Os democratas devem chegar perto das 60 cadeiras necessárias para impedir manobras obstrucionistas da oposição no Senado. Com quatro disputas apertadas ainda não decididas, os democratas já tinham garantidas 56 cadeiras na manhã desta quarta-feira. De qualquer modo, o partido terá enorme poder de agenda em Washington.

Os democratas apostam no apoio de republicanos moderados para construir uma maioria de 60 senadores, deixando de lado os conservadores e podendo legislar sobre temas como cortes de impostos e o sistema de saúde.

Governadores

Nestas eleições, 11 governos estaduais estavam em disputa e os democratas conquistaram ou mantiveram 7. Os democratas reelegeram Chris Gregoire governadora do Estado de Washington. Gregoire venceu o republicano Dino Rossi, em uma nova edição da disputa que os dois tiveram em 2004. Ela agradeceu os partidários em discurso, ao dizer que buscará trabalhar com o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, a partir de janeiro.

Gregoire, uma ex-advogada geral do Estado, venceu Rossi em 2004 pela menor margem de votos em uma eleição para governador na história dos EUA – apenas 133 sufrágios, em 2,8 milhões de votos, após duas recontagens e uma ação que os republicanos impetraram nos tribunais sem sucesso.

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