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isolamento

Depois de golpe, EUA suspendem atividades militares com Honduras

Os Estados Unidos suspenderam nesta quarta-feira (1) todas as suas atividades militares com Honduras, segundo o Pentágono. A suspensão tem prazo indeterminado.

A medida é mais uma mostra do isolamento do governo interino que assumiu após a derrubada do presidente Manuel Zelaya, ocorrida no último domigo.

Os cerca de 600 soldados americanos na base de Soto Cano, em Honduras, estão recolhidos e não participaram nesta quarta de exercícios conjuntos com os colegas hondurenhos.

Robert Appin, porta-voz do Comando Conjunto Sul, com sede em Miami, disse que a última atividade realizada fora da base dos 600 soldados, marinheiros e pilotos americanos ocorreu em 26 de junho.

"Nesse dia, alguns soldados americanos concluíram exercícios de emergência médica", disse Appin.

A agência de notícias do Pentágono indicou que, apesar da crise vivida pelo país centro-americano, atualmente não há ameaças contra os militares americanos em serviço em Honduras.

Após a deposição do presidente, o coronel do Exército Richard A. Juergens, comandante da força-tarefa americana em Honduras, "restringiu o movimento dos membros da força-tarefa".

"Ninguém tem permissão de sair da base, exceto por situações de emergência", disse Appin, acrescentando "todas as viagens estão restritas".

OEA pressiona

Mais cedo nesta quarta, a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu que o novo governo de Honduras restitua Zelaya em um prazo de 72 horas. A OEA afirmou ainda que o descumprimento desse prazo pode acarretar na expulsão do país do bloco.

Na terça (30), a Assembleia Geral da ONU também pediu que o presidente deposto fosse restituído ao poder de forma "imediata e incondicional".

A OEA condenou o golpe e exigiu o "imediato, seguro e incondicional retorno do presidente a suas funções constitucionais." A entidade afirmou que "nenhum governo resultante dessa interrupção inconstitucional será reconhecido."

A entidade instruiu seu secretário-geral, José Miguel Insulza, a tomar "iniciativas diplomáticas com o objetivo de restaurar a democracia e o regime da lei."

"Se isso não tiver sucesso em 72 horas, uma sessão especial da Assembleia Geral poderá suspender Honduras", disse a resolução.

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