Na semana seguinte a uma onda de protestos contra o governo que tomou conta da Venezuela, o presidente Hugo Chávez chama a população para participar de uma manifestação pelo Dia da Dignidade. Na quinta-feira (4), Chávez quer reunir seus simpatizantes a partir do meio-dia em uma das principais avenidas de Caracas da Praça da Venezuela ao Pátio Academias no Forte Tiuna.
Desde a semana passada, vêm ocorrendo manifestações em Caracas e em outras grandes cidades da Venezuela em reação às ameaças do governo Chávez de reprimir a liberdade de expressão no país.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos, pediu na terça-feira à Venezuela que investigue o "uso inadequado da força" durante confrontos que deixaram dois mortos em meio a protestos relacionados à suspensão de um canal de TV oposicionista.
A comissão manifestou "séria preocupação" com os incidentes de 25 de janeiro, envolvendo policiais, estudantes e seguidores do presidente Hugo Chávez.
A série de protestos agrava a tensão política interna provocada por baixas no governo e pela crise de desabastecimento de energia. Os protestos se agravaram, na semana passada, quando o vice-presidente, os ministros e até o presidente do Banco Central renunciaram aos cargos.
As manifestações aumentaram depois de o governo ter determinado a suspensão do sinal de seis canais de televisão. Chávez recomendou aos prefeitos que usem a força policial para repreender as ações populares.
Houve conflitos entre manifestantes e policiais. Pelo menos duas pessoas morreram e 11 ficaram feridas. Os estudantes se queixam da truculência usada pelos policiais na tentativa de conter os protestos.
O estopim para a onda de manifestações foi a suspensão do sinal da emissora independente RCTV, considerada uma das mais populares do país. Desde 2007, a emissora é obrigada a transmitir sua programação de Miami (Estados Unidos) porque o governo venezuelano não renovou a concessão. Além da RCTV, cinco canais de televisão tiveram os sinais suspensos.
As autoridades venezuelanos afirmam que tais emissoras não cumpriram as regras para a transmissão de sua programação. Os diretores dos canais de TV negam a acusação. No caso da RCTV, a emissora teria sido punida por não transmitir a íntegra de um discurso do presidente da República.
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