Um ataque aéreo israelense atingiu uma motocicleta no sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira (27), ferindo duas pessoas, informaram o grupo Hamas e autoridades médicas palestinas.
Mais cedo, o Exército de Israel confirmou que um soldado morreu e três ficaram feridos vítimas de uma bomba palestina próximo à fronteira do país com a Faixa de Gaza.
Os incidentes ocorrem nove dias depois do início do cessar-fogo decretado unilateralmente por Israel na região palestina, depois de três semanas de ataques que mataram mais de 1.300 pessoas.
É a primeira morte do lado israelense desde o final da ofensiva de 22 dias na Faixa de Gaza.
Ainda não está claro se a bomba foi colocada na região antes ou depois do fim do cessar-fogo.
Um forte tiroteio foi ouvido na região, e helicópteros israelenses sobrevoam a fronteira e fizeram buscas em terra. Nenhum grupo assumiu a autoria das explosões, mas um representante do Hamas manifestou apoio.
Fontes médicas de Gaza informam que um palestino morreu baleado por israelenses no sul da região, pouco depois da explosão que vitimou os israelenses. Anwar Al Dreim, de 24 anos, morreu em Kisufim, perto da fronteira com Israel.
O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse que o país vai responder ao ataque, mas não deu detalhes.
O episódio acontece às vésperas da primeira visita ao Oriente Médio de George Mitchell, enviado para a região do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Segundo o novo presidente, Mitchell perseguirá a paz de forma "vigorosa e consistente".
Diplomacia
O ministro de Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, previu que o Hamas e Israel alcancem um cessar-fogo permanente na primeira semana de fevereiro, o que pode levar à abertura das passagens fronteiriças da Faixa de Gaza.
"No âmbito dos esforços egípcios alcançaremos um cessar-fogo permanente e contínuo na primeira semana de fevereiro, o que conduzirá à abertura das passagens fronteiriças", declarou Aboul Gheit em entrevista no Cairo junto com o alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Europeia (UE), Javier Solana.
Aboul Gheit, citado pela agência de notícias egípcia "Mena", expressou sua esperança de que em fevereiro seja também testemunha de uma reconciliação nacional palestina que permitirá a reconstrução de Gaza.