Um soldado israelense foi aparentemente morto na terça-feira perto da fronteira com a Faixa de Gaza, e fontes palestinas disseram que provavelmente militantes violaram o cessar-fogo declarado na semana passada.
Mais tarde, na mesma área, um agricultor palestino foi morto por disparos israelenses, segundo fontes médicas.
Os militares israelenses, que mantêm sigilo sobre suas baixas até que os parentes sejam avisados, disseram que uma bomba explodiu perto dos militares, no lado israelense da cerca fronteiriça, na altura do posto de acesso de Kissufim, na parte central de Gaza.
Israel não quis comentar as baixas, mas a TV Al Arabya disse que um soldado morreu e três ficaram feridos.
Seria a primeira morte israelense desde o fim da ofensiva de 22 dias no território litorâneo, e na véspera da primeira visita à região do novo representante diplomático dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell. O presidente norte-americano, Barack Obama, promete que seu enviado buscará a paz "vigorosa e consistentemente."
Palestinos que vivem perto de Kissufim disseram à Reuters que viram dois ou três homens armados indo em direção à fronteira, e que ouviram explosões e tiros por volta de 8h (4h em Brasília). Depois, não viram os supostos militantes voltando.
Mais tarde, os moradores viram helicópteros e soldados israelenses avançando na Faixa de Gaza. Cerca de um quilômetro ao sul de Kissufim, disparos israelenses mataram um palestino de 27 anos, segundo fontes médicas.
Uma autoridade palestina em Gaza disse ter recebido de Israel a informação de que a entrada de mantimentos na região seria suspensa na terça-feira.
Nenhum grupo militante palestino assumiu a autoria do ataque. Tanto o grupo islâmico Hamas, que controla Gaza, como seus aliados Jihad Islâmica e Comitês de Resistência Popular aceitaram a trégua declarada no dia 18.
O conflito de dezembro e janeiro matou cerca de 1.300 palestinos, dos quais aproximadamente 700 civis, segundo fontes locais. Nesse período, Israel teve 13 mortes, sendo 10 militares e 3 civis atingidos por foguetes do Hamas.
Desde que declararam as tréguas unilaterais, Hamas e Israel negociam por intermédio do Egito a implantação de um cessar-fogo mais duradouro. O Hamas exige que Israel atenue o bloqueio econômico contra o território de 1,5 milhão de habitantes. Israel quer garantias de que o Hamas não conseguirá mais se rearmar e disparar foguetes contra as suas cidades.
Numa reunião na segunda-feira com Mitchell e com sua secretária de Estado, Hillary Clinton, Obama disse: "A causa da paz no Oriente Médio é importante para os Estados Unidos e para os nossos interesses nacionais. É importante para mim pessoalmente."
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