O Ministério Público da Venezuela indiciou nesta quarta-feira (3) a ex-deputada María Corina Machado, da oposição, suspeita de ligação a um suposto plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro.
Não está claro se a deputada deposta enfrentará um julgamento pelo crime de conspiração em liberdade ou atrás das grades. Se condenada, ela pode pegar pena de oito a 16 anos de prisão por delito de conspiração.
Em março, o Ministério Público abriu uma investigação após denúncia de deputados por um suposto plano para um atentado contra Maduro.
Perseguição
María Corina enfrenta desde às 10h (12h30 em Brasília) desta quarta-feira (3) questionamentos de promotores sobre sua suposta participação no que o governo descreve como um plano para matar o presidente Nicolás Maduro.
A ex-integrante da Assembleia Nacional repetidamente caracterizou as alegações como perseguição política. "Vou muito tranquila [à audiência fechada] porque estou consciente que é minha responsabilidade e é o que os venezuelanos esperam de mim", afirmou à Globovisión em referência ao fato de que responde a uma intimação.
Dizendo que não há provas contra ela, Machado classificou as acusações de "enorme mentira". O governo acusou Machado e outros vários importantes membros da oposição de se envolver no que autoridades disseram ser uma conspiração patrocinada pelos EUA de assassinar o sucessor de Hugo Chávez, morto em março de 2013.
À Associated Press, a deputada cassada afirmou que as acusações são o preço que paga por desafiar a "ditadura" liderada por Maduro. As acusações surgem enquanto o país enfrenta crescentes problemas econômicos pela queda dos preços do petróleo.