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Um novo órgão do corpo humano foi classificado. Por muito tempo, acreditou-se que o mesentério, encontrado no sistema digestório, fosse formado por estruturas separadas, mas cientistas comprovaram que se trata de um único, continuado, órgão. As informações são do site Business Insider.

As evidências para a classificação foram publicadas em um artigo na revista científica The Lancet Gastroenterology & Hepatology, resultado de uma pesquisa conduzida pelos médicos John Calvin Coffey, da Universidade de Limerick, na Irlanda, e Peter O’Leary, do Hospital Beaumont, em Dublin. Numa descrição básica, o mesentério é uma prega dupla do peritoneu, que liga o intestino à parede do abdômen, e mantém a estrutura em seu lugar. Com forma de leque, contém vasos sanguíneos, nervos, vasos e gânglios linfáticos.

Embora a estrutura do novo órgão seja conhecida de médicos e pesquisadores, suas funções ainda não foram compreendidas. Estudá-las, portanto, poderia ser uma chave para uma melhor compreensão e tratamento de doenças abdominais e digestivas.

Uma das primeiras descrições do mesentério de que se tem notícia foi feita por ninguém menos que Leonardo da Vinci. O - agora - órgão foi ignorado por anos, visto como uma ligação quase que insignificante. Foi só em 2012 que Coffey e seus colegas na universidade conseguiram observar, por meio de exames microscópicos detalhados, que o mesentério se tratava de uma estrutura única, podendo, portanto, ser elevado ao status de órgão.

Com a nova classificação, pesquisadores da classe médica poderão, finalmente, investigar qual é, de fato, o papel que o mesentério exerce no corpo humano.

“Agora que estabelecemos qual é a anatomia e a estrutura [do órgão], o próximo passo é estudar a função. Se conseguirmos entender qual ela é, poderemos observar quando o órgão se comporta normal e anormalmente. Assim, teremos o campo da ciência mesentérica, a base para toda uma nova área de estudo”, explicou Coffey ao blog oficial da Universidade de Limerick.

Coffrey and O’Leary / The Lancet Gastroenterology & Hepatology

Colaborou: Mariana Balan.

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