Somente 46 corpos e 57 sobreviventes foram retirados do lamaçal que arrasou a vila de Guinsaugon na sexta-feira. As chances de mais sobreviventes serem encontrados são pequenas, disse o encarregado do trabalho de resgate liderado pelo Exército das Filipinas, Raul Farnacio. Nos trabalhos retomados no sábado, nenhum sobrevivente foi encontrado ainda. A perspectiva é a de que 1.800 mortos.
A busca está sendo prejudicada pela falta de equipamento pesado. O país tem apenas cerca de 300 pessoas no local tentando remover a terra que engoliu a pequena vila de camponeses.
Suprimentos e medicamentos estão sendo enviados pelo governo e pelas agências internacionais de auxílio humanitário, mas o caminho até a vila tem de ser percorrido por caminhões, em estradas que estão em condições ruins, devido às chuvas que açoitaram a região ao longo de semanas.
O país sofre com cerca de 20 tufôes por ano. Moradores e grupos ecológicos dizem que um desastre natural é agravado pelo desmatamento ilegal e pela mineração desenfreada.
- Eu peço a cada filipino que reze pelas vítimas e pelos sobreviventes - disse a presidente das Filipinas, Gloria Arroyo.
As Nações Unidas vão enviar uma equipe para avaliar as necessidades de emergência e já ofereceu US$ 50 mil como parte da ajuda internacional.
A Cruz Vermelha disse que, além de mantimentos e remédios, já tem cerca de US$ 150 mil disponíveis para as Filipinas.
Os Estados Unidos enviaram à região dois navios com 17 helicópteros e cerca de mil soldados que já estavam nas Filipinas para exercícios militares anuais.
A Austrália ofereceu US$ 740 mil para ajudar na evacuação de sobreviventes, na montagem de abrigos e na aquisição de itens de emergência.
O governo chinês ofereceu US$ 1 milhão.