O desmantelamento parcial do acampamento de refugiados chamado de “selva” de Calais (norte da França) foi retomado nesta quarta-feira (2) pelo terceiro dia consecutivo, depois de uma noite relativamente tranquila, embora vários barracos tenham sido incendiados, constatou a AFP.
Pouco depois das 7h30 GMT (3h30 no horário de Brasília), os funcionários da empresa contratada pelo Estado para destruir a parte sul do campo retomaram as operações, com a ajuda de escavadeiras.
“É preciso sair, isso vai ser demolido”, advertiam os policiais nos precários barracos ainda ocupadas.
Poucos minutos antes, um importante dispositivo policial, com 30 veículos e dois caminhões antidistúrbios, foram mobilizados no setor que deveria ser evacuado, onde na segunda-feira foram registrados confrontos entre migrantes e policiais.
Cerca de dez barracos foram incendiados na noite de terça-feira que, no entanto, foi relativamente tranquila.
Na manhã desta quarta-feira, os barracos terminavam de queimar, sob os olhares de militantes britânicos de ajuda aos migrantes.
Não se sabe se os incêndios foram acidentais ou voluntários, mas tiveram como efeito estender significativamente a parte desmantelada do sul da “selva”.
Entre 800 e mil migrantes vivem na parte sul da “selva”, segundo o governo francês, mas as associações consideram que na realidade são 3,5 mil.
Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se entre 3,7 mil e 7 mil o número de imigrantes, principalmente sírios, afegãos e sudaneses.
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