"Amaldiçoado"
Paranaense conheceu o navio
O jornalista paranaense Claudio Stringari viajou no Costa Concordia com a esposa e os dois filhos em 2010. Ele participou do Cruzeiro do Centenário do Corinthians, durante o qual seu pai, Claudio Marques, ex-jogador do time que também estava a bordo , foi um dos homenageados.
Stringari conta que até esquecia que estava no mar em meio a tanto luxo e conforto. "Nem conseguimos conhecer todo o navio durante os quatro dias de viagem, de tão grande que é."
Depois de um momento de susto, em que o mar ficou mais revolto, um barman contou ao jornalista a agora famosa história da garrafa de champanhe que não estourou no casco no dia da inauguração. "Ele me disse que aquele navio era amaldiçoado, mas eu levei na brincadeira." (JN)
17 chegam ao Recife
Dezessete dos 53 brasileiros que participaram do cruzeiro no navio Costa Concordia desembarcaram no aeroporto do Recife às 23h48 de domingo. Eles teriam sido orientados a não dar declarações à imprensa.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo deixou o terminal meia hora após a aterrissagem, pela saída de veículos de carga, a qual os jornalistas não têm acesso.
Uma estudante do Recife que estava no mesmo voo disse ter conversado com uma das mulheres do grupo.
"Ela chorava quando lembrava do navio. Contou que a empresa do cruzeiro não deu assistência nenhuma. Apenas entregou 50 euros a cada um", comentou Aline Souza, 20 anos.
A mesma passageira relatou à estudante que ela e os demais 16 brasileiros são da mesma família e vivem no Ceará.
Folhapress
Hipóteses sobre o desvio de rota do Costa Concordia, o cruzeiro que naufragou no Mar Tirreno na última sexta-feira, foram publicadas ontem pelos jornais italianos Corriere della Sera e Il Tirreno.
O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, teria se aproximado da Ilha de Giglio a fim de homenagear seu chefe de garçons, Antonello Tievoli, que nasceu no local, e também um ex-comandante da companhia Costa Cruzeiro, chamado Mario Palombo. A manobra é conhecida como inchino ("reverência") no jargão da marinha italiana.
"Venha ver, Antonello, estamos em Giglio", teria dito Schettino ao chefe de garçons. De acordo com o Corriere della Sera, Tievoli achou que o comandante estivesse brincando. Depois do naufráfio, ao ser socorrido por moradores de Giglio, o chefe de garçons teria dito: "Nunca poderia imaginar que desembarcaria em minha casa". Desde então, Tievoli não quis falar com ninguém porque, segundo a imprensa da Itália, estaria se sentindo culpado pela tragédia.
O jornal Il Tirreno não corrobora a hipótese da surpresa, mas confirma a "reverência" e disse que Tievoli, que trabalhava há cinco anos no cruzeiro, ligou para seus pais, que vivem na Ilha de Giglio, para que vissem o navio passar por perto.
O diário afirmou também que uma mensagem publicada no Facebook na sexta-feira (13) à noite, pela irmã de Tievoli, Patrizia, avisava que o navio se aproximaria da ilha. "Daqui a pouco passará perto o Concordia. Saudações ao meu irmão que vai desembarcar em Savona para umas férias", dizia a mensagem da rede social.
Vítimas
O número de mortos no naufrágio aumentou para seis e, de acordo com a guarda costeira da Itália, 29 pessoas continuam desaparecidas 25 passageiros e quatro tripulantes.
Em entrevista coletiva concedida em Gênova, o presidente e executivo-chefe da Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, admitiu que houve "erro humano". Foschi afirmou que a manobra realizada pelo comandante Schettino "não tinha sido aprovada, nem autorizada pela Costa Cruzeiros".
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Desafios
Depois do acidente, existem vários problemas que rondam o navio Costa Concordia:
Combustível
Aumentam as preocupações de um desastre ambiental; se o casco do navio se partir, cerca de 2,3 mil toneladas de combustível podem ser derramados no mar.
Deslizamento
Operações de resgate deveriam terminar na madrugada de hoje; o navio deslizou nove centímetros verticalmente e 1,5 centímetro horizontalmente, segundo os bombeiros
Seguro
Navio tem seguro no valor de US$ 513 milhões, mas prejuízo e indenizações podem somar US$ 1 bilhão
Resgate
Sobe para 6 o número de mortos no desastre, equipes encontram mais um corpo nos escombros do navio, é de um passageiro homem; número de desaparecidos é incerto; Itália declara que 10 passageiros e 6 membros da tripulação não foram localizados; 12 alemães e 2 americanos também estariam entre desaparecidos.
Mar revolto
Água em volta do naufrágio está repleta de destroços e bastante turbulenta, por causa do deslizamento da embarcação; quase metade do navio está submersa
Fonte: Folhapress
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