Várias famílias participam de uma marcha com velas em solidariedade a uma menina de cinco anos, violentada na semana anterior, em Amritsar, na Índia| Foto: EFE / Raminder Pal Singh

Um segundo suspeito foi detido nesta segunda-feira (22) no caso do estupro de uma menina de 5 anos em Nova Délhi. O caso provocou uma nova onda de protestos contra como as autoridades indianas lidam com crimes sexuais.

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Pradeep Kumar, um funcionário de uma fábrica de roupas de 19 anos, foi detido nesta segunda-feira no Estado de Bihar, cerca de 1.000 quilômetros de Nova Délhi, e foi levado à capital, informou a polícia.

A polícia disse que o interrogatório do primeiro detido no caso, Manoj Kumar, de 24 anos, os levou ao segundo suspeito. Manoj Kumar foi detido no sábado, também em Bihar, e foi levado para Nova Délhi. Kumar é um sobrenome muito comum na Índia e os dois homens não são parentes.

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Eles são acusados de sequestrar, estuprar e tentar assassinar uma menina que 5 anos que desapareceu em 15 de abril. Ela foi encontrada dois dias depois por vizinhos, que a ouviram chorar num quarto trancado, localizado no mesmo prédio de Nova Délhi onde ela vive com sua família. Segundo a polícia, a menina estava sozinha quando foi encontrada e foi deixada no local para morrer.

A menina estava em estado grave quando foi transferida, na quinta-feira, para o maior hospital do Estado do país. O doutor D.K. Sharma, superintendente do hospital onde a menina está internada, disse nesta segunda-feira que ela está respondendo bem ao tratamento e que seu estado é estável. "Ela está muito melhor hoje e seus ferimentos estão cicatrizando bem", disse Sharma.

Pelo terceiro dia consecutivo, foram realizados protestos em três áreas de Nova Délhi. Uma multidão de partidários do principal partido de oposição, o Bharatiya Janata, ultrapassou um enorme cordão policial e conseguiu chegar aos portões do Parlamento, onde gritaram palavras de ordem contra a conduta tardia da polícia no caso. Cerca de 100 partidários da legenda foram detidos. Segundo a polícia, eles serão levados para uma delegacia de polícia próxima e libertados em algumas horas.

Em uma manifestação separada, cerca de 100 mulheres protestaram em outro local perto do Parlamento. A maioria dos protestos foi dirigido aos policiais da cidade, que não agiram depois que os pais da garota informaram que ela estava desaparecida.

Os manifestantes exigem que o chefe de polícia seja retirado do cargo e que os policiais acusados de não agir sejam demitidos. As informações são da Associated Press.

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