O congresso para a proteção do patrimônio regional ameaçado pelo grupo radical Estado Islâmico (EI) foi encerrado ontem por dez ministros com o compromisso de formar um grupo de trabalho e uma comissão consultiva. Ontem, militantes do EI enfrentaram forças sírias perto da histórica cidade de Palmira, na Síria.
O congresso internacional, que foi realizado na capital egípcia, Cairo, focou na situação do patrimônio e das antiguidades presentes na região, que estão sendo ameaçados pelos jihadistas do EI, que dominam partes de Iraque e Síria.
A declaração final, lida pelo ministro egípcio de Antiguidades, Mamduh al Damati, diz que os representantes dos países têm consciência das ameaças contínuas “à economia, segurança nacional e prosperidade cultural” devido aos saque e ao tráfico do patrimônio da região.
Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Sudão e Omã concordaram em “iniciar esforços conjuntos” para enfrentar as ameaças. Eles concordaram em formar uma equipe para evitar saques, coordenar os esforços regionais e internacionais para proteger o patrimônio cultural e impedir sua venda.
O Oriente Médio e o Norte da África têm um grande patrimônio cultural que faz parte da identidade de suas civilizações. Onde o Estado Islâmico declarou um califado, em zonas sob seu controle na Síria e no Iraque, o patrimônio histórico está sendo saqueado e vendido para financiar operações terroristas.
Palmira
Militantes do EI e forças sírias travam combates na região de Tadmur, a oeste de Damasco, onde fica o sítio arqueológico da cidade histórica de Palmira. Combatentes do EI contatados pela internet disseram que a facção está bombardeando uma base aérea próxima.
Maamoun Abdulkarim, responsável pelas antiguidades da Síria, afirmou que os combates ocorrem a um ou dois quilômetros de Tadmur. “Eles destruirão tudo que existe aqui”, afirmou. A região de Tadmur é tombada pela Unesco.