Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1979, o Dia Mundial da Alimentação está sendo comemorado nesta sexta-feira (16). A data serve como lembrete para a falta de alimentos no mundo. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 45 milhões de pessoas - 11 milhões são crianças - passem fome. Em São Paulo, a Ação de Cidadania Contra Fome, Miséria e Pela Vida organizou no centro da cidade uma feira com informações sobre a segurança alimentar.
Para André Luzzi, coordenador da campanha A Alimentação é um Direito Humano, ter acesso aos alimentos é um direito social. Por alimentação entende-se não apenas fornecer o alimento e sim a qualidade deste alimento", explicou Luzzi. De acordo com ele, doenças como a obesidade e a desnutrição fazem parte da temática da falta de alimentos. "A população carente compra alimentos de alto valor calórico e baixo valor nutricional.
"Nós sugerimos recriar novas relações de consumo", afirmou. E uma das alternativas é incentivar a agricultura urbana, onde as pessoas plantem em pequenos espaços o que vão consumir, explicou.
A engenheira agrônoma da Secretaria de Verde e Meio Ambiente, Helen Elisa Bevilacqua, disse que com um pequeno recipiente e um pouco de terra em um local que tenha sol durante quatro horas diária é possível plantar alface, tomate e rúcula.
Luzzi sugere ainda mais investimentos em restaurantes populares "Mas, não apenas para criar mais restaurantes, como também para servir as três refeições diárias", disse. O coordenador também propõe combater o desperdício de alimentos com mecanismos de abastecimento e distribuição mais eficientes. "Investir em sistemas locais de produção, por exemplo, diminuiria o preço", completou.
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