A abertura de diálogo com Irã e Síria parece ser uma das saídas para se conter a insurgência no Iraque, financiada por esses países. É o que pensa Octavio Amorim, cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGVRJ). "É difícil que haja a retirada das tropas a curto prazo." Bush, diz Amorim, também terá de negociar com os democratas, para evitar uma indesejável redução do orçamento militar. O consenso nesse campo parece provável. Tanto republicanos quanto democratas perdem se houver mais problemas no Iraque, diz o analista Paulo Resende da PUCSP. "Eles começam a pensar junto a quantas milhas se encontram da praia de salvação. Mas até o momento não há nada claro".
A coleção de fracassos dos EUA inclui também o Afeganistão, lembra Resende. "Lá os EUA caminharam sem bússola, desnorteando as tropas. Os radicais se aproveitam disso para se reorganizar."