As negociações entre EUA, Coréia do Sul e do Norte, China, Japão e Rússia para solucionar a crise nuclear norte-coreana parecia chegar a um impasse neste sábado (6), com a exigência de Pyongyang de manter seu direito ao uso pacífico de sua capacidade nuclear como ponto crucial.
Com o diálogo sem avanços claros após quase 12 dias, a anfitriã China sugeriu neste sábado um recesso, segundo a rádio estatal chinesa. Mas Christopher Hill, delegado-chefe dos EUA, se opôs.
Os participantes das negociações esforçam-se para conseguir, na melhor das hipóteses, uma declaração conjunta que garantiria o desmantelamento dos programas nucleares da Coréia do Norte em troca de fornecimento de energia e garantias de segurança.
O diálogo parece atolado por conta da insistência da Coréia do Norte em poder manter seus programas para gerar eletricidade. Washington exige um desmantelamento total e verificável de todos os seus programas nucleares.
Para eliminar as diferenças, Washington propôs à Coréia do Norte o direito de manter atividades nucleares pacíficas se concordar com as rígidas normas do tratado de não-proliferação nuclear (NPT), segundo uma fonte diplomática. Pyongyang rejeitou a oferta por causa das limitações que o tratado implica.
Membros do governo americano não confirmam a oferta, que significaria um abrandamento da posição dos EUA.