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Conferência

Diário de Copenhague

André Rocha Ferretti, engenheiro florestal |
André Rocha Ferretti, engenheiro florestal (Foto: )
Alessandro Panasolo, advogado |

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Alessandro Panasolo, advogado

Inchaço

André Rocha Ferretti, engenheiro florestal

Conversamos com alguns dos negociadores do Brasil aqui na COP15, bem como com pessoas que estavam acompanhando as negociações. Todos já aparentavam estar muito cansados por causa das intermináveis reuniões de negociação sobre te­­mas como adaptação, REDD, e outros as­­suntos que estão sendo discutidos nesses dias.

Tem gente saindo pelo ladrão, e o Brasil tem parte da culpa. Afinal, mais de 700 pessoas na delegação oficial já é abuso. Imaginem só se os quase 200 países fizessem a mesma coisa? Seria impossível acomodar tanta gente assim num só centro de convenções.

O Brasil inscreveu todo mundo que solicitou o credenciamento. Aqui tem mais gente credenciada pelo Brasil fazendo negócios do que participando das negociações formais da Convenção. Com tanta gente assim, já se comenta aqui que a partir de quarta-feira, quando chegarem os chefes de estado, muita gente já credenciada vai ser impedida de entrar. Isso porque aqui só cabem 15 mil pessoas, sendo que há 34 mil inscritos.

Rascunho

Será que vai haver acordo para finalizar um texto a ser apresentado na manhã de sexta-feira, como disse o ministro Luiz Alberto Fi­­gueiredo, diretor do departamento de meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores? Acho muito difícil. Pelo que já pude acompanhar em outras COPs, esse documento só será apresentado no sábado, e a custa de muito trabalho pelas próximas duas madrugadas. Tem gente que acha tudo isso uma loucura, outros adoram. COP é isso mesmo, as negociações são sempre muito duras, alguns temas entram em discussão madrugada adentro, e os avanços são homeopáticos.

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Desmatamento

Alessandro Panasolo, advogado

Além de todo mundo estar junto discutindo propostas para reduzir as emissões de gases, também está sendo discutido uma nova ferramenta chamada REDD – Re­­dução de Emissões por Desmata­­mento e Degradação.

O REDD é um mecanismo que pode ajudar a conter o desmatamento e a degradação florestal, duas das principais fontes de emissões de gases do efeito estufa (GEE) no país.

Apenas o desmatamento representa quase a metade das emissões nacionais e contribui para uma emissão per capita de GEE muito alta (estimada entre 12 e 13 toneladas de CO2).

O REDD significa para o Brasil a chance de receber recursos internacionais para ajudar a conter as emissões de GEE por meio de ações de conservação e manejo florestal e pagamentos por serviços ambientais para comunidades extrativistas e indígenas.

Errata

Diferente do que foi informado ontem, o Instituto Brasileiro de Pla­­nejamento Ambiental não foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores. Apenas se credenciou voluntariamente no órgão.

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