A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta terça (22) que a acolhida do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira em Tegucigalpa é um gesto de respeito aos direitos humanos e não significa que o Brasil tenha incentivado o ingresso dele em território hondurenho.
"O que acho é que o fato de ele ter entrado não significa em nenhum momento que o Brasil incentivou, adotou, deu cobertura ou nada disso, simplesmente respeitou, disse a ministra. Isso é direitos humanos elementar, completou.
Quase três meses depois de ter sido deposto do cargo de presidente, Zelaya conseguiu retornar ontem (21) a Honduras. O presidente deposto está na embaixada brasileira, uma vez que corre o risco de ser detido devido ordem de prisão expedida contra ele.
Ontem, em Nova York, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse em entrevista imprensa que a ida de Zelaya não foi negociada. Segundo ele, quem pediu o abrigo foi a mulher do presidente deposto. De acordo com o chanceler, Zelaya chegou embaixada por meios próprios, pelas montanhas.
O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, exigiu que o Brasil entregue Manuel Zelaya s autoridades judiciais hondurenhas.
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