Em discurso na Cúpula do Clima da ONU, em Nova York, na manhã desta terça-feira (23), a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil "é o exemplo" de que "um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível".
A presidente destacou a redução, em dez anos, do desmatamento no país em 79% e como, entre 2010 e 2013, o Brasil deixou de lançar na atmosfera, a cada ano, em média 650 milhões de tonelada de dióxido de carbono.
"O Brasil, portanto, não anuncia promessas. Mostra resultados", disse a presidente, que deixou o país na reta final da campanha à reeleição para participar da cúpula e da Assembleia Geral.
Dilma reforçou as posições brasileiras de que o novo acordo climático precisa ser "universal, ambicioso e legalmente vinculante" respeitando os princípios de "equidade e das responsabilidades comuns, porém diferenciadas" - uma referência aos países desenvolvidos, em especial aos Estados Unidos.
"Historicamente, os países desenvolvidos alcançaram o nível de bem estar de suas sociedades graças a um modelo de desenvolvimento, baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao clima", disse a presidente.
"Nós não queremos repetir esse modelo, mas não renunciaremos ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida da nossa gente."
Dilma também disse que o Brasil é um exemplo de que possível o país "crescer" conservando o ambiente.
"A produção agrícola de grãos se dá sobretudo pelo aumento da produtividade com uma expansão muito pequena da área agrícola plantada", disse.
Segundo Dilma, até o fim do ano, o governo submeterá à sociedade brasileira um "plano nacional de adaptação", sem especificar como. Sobre adaptação se entendem medidas e políticas para se prevenir com as mudanças inevitáveis do aquecimento global.
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