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A Dinamarca promoveu para cúpula global uma reunião climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro na esperança de superar o impasse entre países ricos e pobres sobre como combater o aquecimento global.

O país sede da conferência disse que pedirá aos líderes mundiais que participem dos dois últimos dias do evento, que será feito de 7 a 18 de dezembro e se destina a aprovar um novo tratado climático global. Originalmente, o encontro de Copenhague se restringiria a ministros de Meio Ambiente.

"Os convites são enviados por carta do primeiro-ministro Lars Lokke Rasmussen aos chefes de Estado e governo dos demais 191 Estados membros da ONU", disse o governo dinamarquês em nota.

Negociações preliminares desde 2007 não conseguiram superar as divisões entre países ricos e pobres em questões como o nível de redução das emissões de gases do efeito estufa em países desenvolvidos até 2020, ou a busca por verbas adicionais para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões e se adaptar à mudança climática.

A ONU disse na semana passada que cerca de 40 líderes já haviam manifestado a intenção de comparecer, mesmo antes do convite oficial. Isso inclui diversas nações em desenvolvimento, e também Alemanha e Grã-Bretanha.

Nesta quinta-feira, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, anunciou que irá a Copenhague. E nesta semana, em entrevista à Reuters, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que participará do evento se sentir que isso facilitará um acordo.

O convite dinamarquês aos governantes é um risco calculado, segundo analistas. Sua presença pode aumentar as chances de um acordo, mas a convocação de uma cúpula é um reconhecimento de que as negociações enfrentam problemas, depois da rodada final de negociações preliminares, na semana passada, em Barcelona.

"Há um claro papel para a liderança no nível mais alto se formos chegar a um acordo em Copenhague", disse Barroso. "Espero muito que todos os líderes possam vir."

Muitas nações em desenvolvimento querem que os países ricos reduzam suas emissões de gases do efeito estufa, especialmente pela queima de combustíveis fósseis, em pelo menos 40 por cento até 2020, em relação aos níveis de 1990, como condições para que os países pobres também comecem a conter sua crescente poluição.

Até agora, as promessas dos países ricos se limitam a reduções de cerca de 11 a 15 por cento. E os países desenvolvidos ainda precisam cumprir promessas de ajuda adicional aos países em desenvolvimento.

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