A polícia dinamarquesa libertou nesta quarta-feira quatro ativistas do Greenpeace detidos há 20 dias por se infiltrarem num jantar de gala para chefes de Estado, onde protestariam contra a falta de ação dos líderes na reunião climática da ONU.

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Três deles, com vestidos de festa e smoking, passaram pelo tapete vermelho em 17 de dezembro, enganaram os guardas e entraram no Palácio Christiansborg, em Copenhague, onde abriram cartazes com os dizeres "Políticos conversam, líderes agem", diante de dignitários e câmeras de TV.

Um quarto homem, que ficou de fora, foi preso mais tarde por sua participação no protesto. Os ativistas - vindos da Espanha, Holanda, Noruega e Suíça - ficaram sob custódia por serem considerados um risco à segurança, até que na quarta-feira sua detenção já não fosse mais tida como necessária.

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A conferência de Copenhague no mês passado, preparada para levar à aprovação de um novo tratado climático global, terminou com um comunicado mínimo, aquém das expectativas quanto a metas de redução de emissões de carbono e outras medidas de adaptação e combate ao aquecimento.

O diretor-executivo do Greenpeace Nórdico, Mads Christensen, disse em nota que "a prisão desnecessária desses quatro ativistas pacíficos foi na prática uma punição sem julgamento", pois o período foi "fora de qualquer proporção para o que seria um protesto simples e inofensivo, com um objetivo legítimo."

Os quatro foram acusados de invasão, se fazerem passar por policiais e falsificação de documentos, com o agravante de serem crimes cometidos nas proximidades da rainha da Dinamarca. Eles podem ser levados a julgamento e condenados à prisão.

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