O diretor do filme anti-Islã que desatou protestos no Oriente Médio está chateado com a morte do embaixador americano na Líbia e decidiu se esconder por questões de segurança, segundo afirmou nesta quarta-feira (12) um colaborador do filme.
"Está muito triste que o embaixador tenha sido assassinado", afirmou Steve Klein a AFP, acrescentando que conversou com o cineasta Sam Bacile por telefone, mas não sabia onde se encontrava.
Bacile - que não é seu verdadeiro nome, de acordo com Klein - também está preocupado com membros da família no Egito. "Eles estão escondidos, também", afirmou ainda.
Klein comentou que o diretor teme sofrer o mesmo destino do cineasta dinamarquês Theo Van Gogh, que foi assassinado em 2004 depois de desatar protestos por causa de seu filme antimulçulmanos.
Indagado se achava que Bacile poderia ser morto, respondeu: "Se ele vier a público, tenho certeza que sim".
O filme "Innocence of Muslims" ("A inocência dos muçulmanos"), foi dirigido e produzido por Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, nativo do sul da Califórnia, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio".
"O Islã é um câncer", declarou Bacile ao Wall Street Journal.
Sam Bacile afirmou ao WSJ que ele era o autor do filme, dizendo que produziu com cinco milhões de dólares levantados a partir de doações de judeus, os quais ele não quis identificar.
Ele alega ter trabalhado com 60 atores e uma equipe de 45 pessoas na Califórnia, durante três meses, neste filme de duas horas. "O filme é político. Não religioso", indicou.
O longa-metragem foi defendido pelo polêmico pastor Terry Jones, que atraiu muitas críticas no passado, especialmente por queimar um exemplar do Alcorão e ter se oposto à construção de uma mesquita perto do Marco Zero, em Nova York.
"É uma produção americana, que não pretende atacar os muçulmanos, mas serve para mostrar a ideologia destrutiva do Islã", explicou em um comunicado divulgado pelo WSJ.
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