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A foragida diretora do colégio indiano onde na semana passada 23 crianças morreram por uma intoxicação alimentar se entregou às autoridades nesta quarta-feira (24), informou a polícia à imprensa local.

Uma investigação oficial tinha responsabilizado Mina Kumari de obrigar os alunos do centro, situado no estado de Bihar, a ingerir o almoço que, de acordo com as investigações, estava contaminado com pesticida.

Segundo a rede de televisão privada "NDTV", a polícia apresentou acusações de assassinato e conspiração criminosa contra a docente, que desapareceu no dia 16 depois da tragédia na escola de Masrakh, na aldeia de Gandaman.

Cerca de 300 mil professores de Bihar decidiram boicotar o programa de "Comida do meio-dia" a partir de amanhã, ao considerar que o Governo não está capacitado para realizá-lo de maneira satisfatória e que existem práticas corruptas.

"O (programa) está colocando os professores em uma situação ruim devido à excessiva corrupção", disse o presidente da associação de professores regional, Baranjnandan Sharma, citado pela agência local "Ians".

Segundo a investigação, no começo as crianças "se negaram" a provar o curry com batatas e soja que foram entregues a elas no refeitório escolar porque tinha um aspecto estranho e cheirava diferente, mas a administradora do centro "obrigou as crianças a comerem a comida".

O programa "Comida do meio-dia", implementado pelo Governo indiano, está ativo em mais de um milhão de escolas de todo o gigante asiático e abrange cerca de 120 milhões de crianças.

Graças ao programa, os estudantes com poucos recursos recebem pelo menos um almoço gratuito ao dia de alto nível nutricional.

O plano consegue aumentar "a inscrição de alunos nas escolas, sua permanência e sua atenção", de acordo com o Ministério indiano de Desenvolvimento de Recursos Humanos, organismo responsável.

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