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Depois de dois dias de manobras espaciais, o ônibus espacial Discovery se acoplou à Estação Espacial Internacional nesta quinta-feira, a 341 quilômetros acima da Terra.

A Discovery deve se manter atracada à estação espacial de US$ 100 bilhões por oito dias, enquanto sua tripulação descarrega mais de 2,2 toneladas de equipamento e suprimentos, e deixa a bordo o astronauta alemão Thomas Reiter, para seis meses de estadia.

Em um sinal de recuperação para o programa espacial norte-americano, que sofreu muitos problemas, o ônibus espacial, lançado na terça-feira da Flórida, sob o comando de Steve Lindsey, executou uma lenta manobra antes da acoplagem, permitindo aos tripulantes da estação especial, Jeff Williams e Pavel Vinogradov, que fotografassem as pastilhas antitérmicas na barriga da Discovery, cujo objetivo é proteger a espaçonave do intenso calor que enfrentará na volta à Terra.

As fotos são parte de um processo de inspeção constante que começou com o lançamento da Discovery, e não constatou danos significativos no aparelho.

Os funcionários da Nasa esperam que o diagnóstico favorável obtido até agora indique que resolveram o problema da espuma isolante que escapou dos tanques de combustível e causou o desastre da Columbia em 2003, e voltou a aparecer no primeiro vôo do ônibus espacial depois do Columbia, no ano passado.

Alguns pedaços da espuma, que isola os tanques contra a formação de gelo, escaparam do tanque de combustível quando do lançamento da Discovery, na terça-feira, mas eram menores do que o pedaço de 756 gramas que perfurou o escudo anticalor da Columbia.

- No geral, o desempenho do tanque foi realmente notável - disse John Shannon, diretor de vôo.

A Columbia se desintegrou ao retornar à Terra devido ao escudo de calor rompido, que permitiu a entrada de gases incandescentes na estrutura. Os sete astronautas a bordo foram mortos.

Desde então, a Nasa gastou US$ 1,3 bilhão em aperfeiçoamentos de segurança para impedir outro desastre, que poderia pôr fim prematuro ao programa do ônibus espacial, que deve continuar em operação até 2010, para que a Nasa possa concluir a construção da estação espacial, patrocinada por 16 países, cuja montagem está suspensa desde o acidente com a Columbia.

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