Bagdá(Das agências internacionais) Marcada pela apresentação de documentos contra o presidente deposto, a audiência de Saddam Hussein e de sete colaboradores acusados de auxiliá-lo no massacre de xiitas em Dujail, norte do Iraque, foi interrompida pela saída abrupta de dois advogados de defesa. Khaled Al Dulaimi e Khamis al Obeidi deixaram a corte alegando que iriam preparar uma apelação. Al Dulaimi havia pedido a suspensão da sessão e, apesar do pedido negado, resolveu deixar o local. A audiência deve ser retomada hoje, em clima menos tenso.
Depois de um mês de boicote, os defensores voltaram a acompanhar o julgamento de perto. Ao contrário das últimas, a sessão de ontem começou organizadamente. Saddam e os demais acusados entraram na corte e se sentaram em seus lugares em silêncio, sem os gritos e as discussões com o juiz que preside o caso, Raouf Abdel Rahman.
Embora todos os réus se declarem inocentes, o procurador geral exibiu ontem um documento, assinado por Saddam Hussein, com data de 27 de maio de 1984, autorizando o envio 148 xiitas detidas em Dujail ao tribunal civil de Saura, em Bagdá. Também foi apresentado o veredicto do tribunal datado de 14 de junho de 1984, assinado pelo presidente da corte, Awad Hamad al Bandar, no qual se condena à morte os acusados.
Antes do início da audiência de Saddam, explosivos destruíram parcialmente a mesquita construída sobre a tumba de pai, Hussein al Majid em Tikrit, no norte do Iraque.
Deixe sua opinião