Um surto de doença febril já causou 19 mortes nas cidades de Ziyang e Neijiang, na província de Sichuan, na China. O diagnóstico oficial é que estamos diante de um surto de Streptococcus sui, uma bactéria endêmica em áreas de criação de suínos. Apesar de preferencialmente infectar animais, a contaminação de humanos acontece eventualmente.
O surto começou há um mês, com mais de 80 casos confirmados. Segundo as autoridades locais, no momento, além das 19 mortes, 17 pacientes estão internados em estado grave. Todas as vítimas eram fazendeiros que abatiam ou processavam carne de porco em suas propriedades.
Muitas vezes as fábricas que processam carne de porco rejeitam animais, por apresentarem sinais de infecção, e os fazendeiros resolvem fazer o abate e a distribuição da carne sem os mesmos critérios higiênicos.
Alerta
O problema colocou o governo chinês e as autoridades sanitárias internacionais em estado de alerta. A preocupação inicial era que se tratasse de um novo surto de gripe aviária. A partir do diagnóstico da infecção bacteriana, o governo ordenou o abate de toda criação suína nas areas contaminadas. Além disso, está proibido o comércio e saída de produtos dessa região para Hong Kong e Macau.
Os sintomas da infecção pela bactéria do porco são: febre, dores de cabeça e, nos casos mais graves, meningite e septicemia. Em todos os casos a contaminação se deu pelo contato direto com a carne de porco infectada. Não existem evidências de transmissão direta entre humanos.
O último surto causado por essa bactéria assolou o Sudeste Asiático em 2005.No caso atual mais da metade dos pacientes foi atendida em estado grave, e a letalidade têm sido muito alta. O esforço do governo central em identificar os focos da epidemia, destruir as criações infectadas e bloquear os canais de comercialização não se deve só à proximidade dos Jogos Olímpicos. É importante proteger o rebanho suíno do país, que está entre os maiores produtores de carne de porco do mundo.
A Organização Mundial da Saúde, desde 2003, vêm mantendo estrita vigilância dos surtos infecciosos na Ásia depois da descoberta do surto de gripe aviária, que até hoje já causou 243 mortes em 15 países.
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