Dois policiais responsáveis pela segurança da prisão de Port Said, no Egito, morreram neste sábado vítimas de disparos de armas de fogo quando familiares dos acusados pelo massacre no estádio local tentaram invadir a penitenciária, informou um porta-voz do Ministério do Interior.
O Exército enviou tropas para a cidade para tentar restaurar o clima de tranquilidade e proteger os prédios públicos, anunciou Ahmed Wasfi, general do Estado-Maior, à agência oficial "Mena".
Esta é a segunda cidade para onde foram enviadas nas últimas horas unidades das Forças Armadas. Na manhã de hoje, soldados chegaram em Suez, onde ontem à noite ocorreram graves distúrbios, nos quais morreram nove pessoas.
Dois oficiais da Segurança Central, encarregada de proteger os edifícios públicos, morreram quando um grupo se dirigiu à prisão na tentativa de libertar os detidos e abriu fogo e lançou coquetéis molotov contra os policiais, explicou o general Osama Ismail à televisão estatal.
O porta-voz acrescentou que logo após um tribunal do país recomendar a pena de morte para 21 acusados no massacre de Port Said, ocorreram ataques contra vários prédios públicos na cidade.
As forças de segurança tiveram que pedir reforços para conter os manifestantes em frente à penitenciária, acrescentou Ismail.
Em 1º de fevereiro de 2012, 74 pessoas morreram e 254 ficaram feridas nos enfrentamentos no estádio de Port Said, que envolveu os torcedores do clube local, Al Masry, e do Al Ahly, do Cairo, o mais popular do país. Os torcedores do time cairota frequentemente se envolvem em conflitos com a polícia.
Um tribunal egípcio recomendou hoje a pena de morte para 21 dos acusados, e ordenou a transferência de seus processos ao mufti da República (principal autoridade religiosa do país) para que este dite sua opinião sobre a execução.
A corte ordenou, além disso, que os 50 acusados restantes do caso permaneçam presos até a sentença definitiva, que será anunciada em 9 de março.
O presidente egípcio, Mohammed Mursi, reúne-se hoje com o Conselho de Defesa Nacional para analisar os últimos distúrbios no país.
Pelo menos nove pessoas morreram ontem e centenas ficaram feridas, disseram à Agência Efe fontes de segurança, nos graves distúrbios entre manifestantes e a polícia em várias províncias do Egito, nos protestos realizados no segundo aniversário da revolução contra Hosni Mubarak.
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