Duas pessoas foram presas durante protestos contra a presença do presidente dos EUA, George W. Bush, em Brasília. Um homem que seria dirigente do PT em Guará (cidade-satélite de Brasília), identificado como Wagner Juracy, invadiu uma área de acesso restrito numa das vias de acesso à Granja do Torto e foi detido. A outra pessoa presa foi uma mulher que tentou jogar um ovo em um dos carros que faziam a segurança da primeira-dama dos EUA, Laura Bush, que cumpriu agenda paralela no Memorial JK. Segundo a Polícia Militar, os dois presos foram autuados por desacato.
Mais cedo, antes da chegada de Bush ao Torto, o deputado Babá (PSOL-PA), megafone em punho, comandou um protesto contra o presidente americano. Em referência ao churrasco que Bush comeria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Babá disse esperar que o americano comesse "uma carne cheia de aftosa para sair daqui com uma doença bem grave".
- Lula não deveria ter convidado Bush para comer churrasco - disse Babá, explicando que a manifestação era contra Bush e contra Lula.
Sobre a prisão do manifestante que seria dirigente do PT, o deputado contou que tentou defendê-lo e os policiais militares agiram com truculência.
- O major me disse que se eu quisesse fazer 'guerrilhazinha', que fosse fazer em outro lugar - afirmou.
No sábado, em Recife, o muro do consulado norte-americano na capital pernambucana foi pichado com tinta vermelha por cerca de 250 representantes de vários movimentos sociais que protestavam contra a visita do presidente de Bush ao Brasil. A manifestação, organizada pelo Instituto Brasileiro de Amizade e Solidariedade aos povos, durou pouco mais de 15 minutos. Um boneco de pano, representando a imagem do presidente Bush, foi queimado pelos manifestantes.
Na sexta-feira, protestos contra a presença de Bush no Brasil reuniram cerca de 1.500 pessoas na Avenida Paulista. Os manifestantes, que jogaram pedras e ovos contra o prédio do Bank Boston, foram contidos pela PM, que utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha. Ninguém ficou ferido.
Durante a passeata, organizada por movimentos sociais e partidos políticos de esquerda, movimentos estudantis e centrais sindicais, os manifestantes, munidos de faixas e cartazes, pediam o fim da política imperialista norte-americana.
"Bush não é bem-vindo na América Latina", gritavam. Nas faixas e cartazes, os dizeres: "Fora, Bush!".
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