A perspectiva dos EUA é ter o sistema de escudo antimísseis funcionando em 2012, ao custo de US$ 10 bilhões por ano. Mas ainda existem muitas dúvidas sobre a real funcionalidade do projeto.
A revista The Economist, por exemplo, alega que, por enquanto, tudo não passa de teoria. "Ele é uma aposta. O sistema ainda não foi comprovado. Os interceptadores de dois estágios que serão instalados na Europa ainda não foram construídos, e a geometria de usar interceptadores terrestres em uma ameaça iraniana futura ainda será testada", alerta.
O departamento do Pentágono que desenvolve o novo equipamento declarou no ano passado que ainda não podia certificar que o sistema funciona de forma eficaz contra simulações de mísseis coreanos e iranianos, com tamanhos, trajetórias e velocidades diferentes.
Verdadeiro ou falso
Também paira a pergunta se o sistema será capaz de responder com eficácia a armadilhas. Na atmosfera espacial, mísseis têm trajetória previsível, mas balões, por exemplo, também têm. O pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts Theodore Postol alerta para o desafio de identificar um míssil falso travestido de verdadeiro, ou ainda um míssil verdadeiro travestido de falso, independentemente do quão poderoso for o radar. "É como tentar achar uma bomba em uma pilha de malas apenas olhando, sem poder tocá-las ou usar cães farejadores", argumenta.
O artigo da The Economist encerra alertando para um ponto fraco dos críticos à tecnologia do escudo: "Se a defesa antimísseis é apenas um brinquedo caro, por que os russos estão protestando tão alto?" (AL)
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