O Egito se preparou para anunciar nesta terça-feira o resultado da eleição sobre uma nova Constituição que o presidente islamista, Mohamed Mursi, louva como um passo rumo à estabilidade em um país que sofre por crises políticas e econômicas.
Mas os críticos dizem que, ao golpear as leis básicas, Mursi enfureceu seus adversários liberais, de esquerda e cristãos, e pode ter arruinado qualquer chance de construir um amplo consenso sobre o aumento de impostos necessário para conter um déficit orçamentário esmagador.
Contagens não-oficiais da Irmandade Muçulmana de Mursi mostraram que a Carta foi aprovada por uma maioria de 64 por cento. A comissão eleitoral vai anunciar o resultado oficial às 15h (horário de Brasília) e a expectativa é que os números finais confirmem as estimativas.
Mursi acredita que a Constituição porá fim a um prolongado período de distúrbios que vem assombrando a nação árabe mais populosa desde a queda em 2011 de Hosni Mubarak, que era apoiado pelas Forças Armadas.
Mas pessoas comuns e alguns analistas temem que a postura de Mursi de pressionar pelo conteúdo do texto vai apenas estimular seus adversários para capitalizar sobre qualquer discordância pública contra a austeridade, em vez de ajudar a vender reformas à nação.
Se o voto pelo "sim" for confirmado, uma eleição parlamentar será realizada em cerca de dois meses, abrindo espaço para que os islamistas renovem sua batalha com opositores de mente mais liberal.
Na frente política, as tensões permanecem elevadas. A oposição diz que a Constituição, feita em grande parte pelos aliados islamistas de Mursi, não consegue garantir as liberdades individuais e os direitos das mulheres e das minorias. O governo nega isso.
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