Escola da ONU é atacada pelo Exército israelense, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza: pelo menos 6 pessoas morreram| Foto: Mohammed Abed/AFP
Mulher palestina abraça o corpo de seu filho, morto em bombardeio, durante funeral na região Norte de Gaza
Unidade móvel da artilharia israelita bombardeia Faixa de Gaza. Israel intensificou os bombardeios nesta quinta em dia que poderia ser um empurrão final contra o Hamas antes de um cessar-fogo
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O primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, telefonou neste sábado para o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e afirmou "a resposta positiva de Israel" ao pedido egípcio de cessar-fogo em Gaza. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal do Egito, Middle East News Agency (MENA).

Ao mesmo tempo, Olmert reúne-se com os 12 membros do gabinete de segurança do governo na noite deste sábado para aprovar um cessar-fogo unilateral de dez dias. Israel combate forças do movimentos islâmicos palestinos no território desde 27 de dezembro do ano passado.

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Mas as autoridades israelenses adiantaram que querem manter as tropas em Gaza e manter o bloqueio do território.

Ban Ki-moon quer retirada das tropas

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou neste sábado que Israel, se declarar um cessar-fogo unilateral na Faixa de Gaza, deve também iniciar uma negociação para a retirada das tropas israelenses do enclave controlado pelo Hamas.

Israel está planejando anunciar neste sábado uma interrupção em sua ofensiva de três semanas na Faixa de Gaza sem qualquer acordo com o Hamas, afirmou um representante israelense. Ban afirmou que não pode confirmar se Israel irá declarar uma interrupção no combate, apesar de esperar que sim.

"Esta declaração unilateral deve ser acompanhada por uma negociação para a retirada israelense", disse Ban a repórteres na capital libanesa, Beirute.

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Ban confirmou que estará presente no encontro em Sharm el-Sheikh, Egito, no domingo, organizado pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak, para discutir a situação de Gaza.

O secretário-geral da ONU também condenou o ataque israelense a uma escola administrada pela organização em Gaza, o qual teria matado duas crianças.

"Condeno, nos mais fortes termos, esse ataque ultrajante", afirmou.

Hamas ameaça não parar agressões

O Hamas já havia adiantado que não vai respeitar a trégua e vai seguir atacando o território israelense.

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Em paralelo, o Egito confirmou uma reunião de cúpula, no domingo, que deve analisar a situação no território. Ela será presidida pelo francês Nicolas Sarkozy e pelo egípcio Mubarak.

Ataque a escola da ONU

Mais cedo neste sábado, pelo menos dois palestinos morreram e 14 ficaram feridos em bombardeios israelenses em Gaza que atingiram um colégio da ONU, informaram fontes médicas palestinas.

As vítimas - dois irmãos, segundo relatos de testemunhas - se abrigavam em prédio usado pela agência da ONU para o socorro aos refugiados (UNRWA), em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza.