Egito e Israel disseram neste domingo que desejam a retomada das atividades diplomáticas normais depois de o embaixador israelense ter voltado para casa após os ataques à embaixada no Cairo durante violentos protestos.
O Exército egípcio, que assumiu o poder quando Hosni Mubarak foi deposto em 11 de fevereiro, teve dificuldade para dominar a fúria da população contra Israel depois que cinco guardas de fronteira egípcios foram mortos no mês passado enquanto o Estado judeu respondia a agressores que os israelenses diziam ser palestinos.
Os Estados Unidos pediram ao Egito que protejam a missão israelense no país. Washington deu bilhões de dólares em ajuda militar e de outros tipos à nação desde 1979, quando o Egito se tornou o primeiro Estado árabe a assinar um acordo de paz com Israel.
Os israelenses disseram que estão negociando a volta do embaixador Yitzhak Levanon e seus funcionários, mas quer garantias de segurança.
"A segurança em frente à embaixada foi elevada," afirmou à Reuters o porta-voz do gabinete egípcio, Mohamed Higazy. "Voltar à normalidade é o objetivo de ambos os lados."
Cerca de 16 caminhões cheios de policiais e seguranças, três ônibus da polícia militar, dois veículos blindados e outros carros foram estacionados próximos à embaixada neste domingo.
Manifestantes fizeram uma passeata até a embaixada na sexta-feira, no segundo grande protesto desde as mortes na fronteira.
Primeiro, eles derrubaram um muro erguido para proteger a embaixada. Depois, invadiram o edifício e entraram em conflito com a polícia durante a noite.
"Aqueles que rasgaram bandeiras... eles estão negando a paz e o país," afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a seu gabinete, acrescentando que vai manter o acordo de paz.
"Estou contente de que a há forças no Egito, incluindo o governo egípcio, que estão interessadas em avançar na paz."
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura