O Egito apresentou nesta segunda-feira uma iniciativa para dar uma saída ao conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas, que estipula a cessação das hostilidades por parte de ambos os grupos a partir de amanhã e reuniões no Cairo nos próximos dias.

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O plano, divulgado em comunicado pelo Ministério egípcio das Relações Exteriores, chama todas as partes a "um cessar-fogo imediato", de qualquer operação aérea, terrestre e marítima.

A cessação das hostilidades deveria entrar em vigor amanhã às 3h (em Brasília), segundo a iniciativa elaborada por causa dos contatos mediadores do Egito com responsáveis israelenses e das distintas facções palestinas.

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Israel tem que cessar seus bombardeios e garantir que não vai efetuar incursões terrestres na Faixa de Gaza ou ataques contra civis, enquanto os palestinos terão que frear o lançamento de foguetes, entre outros pontos.

Após o cessar-fogo, o plano estabelece a abertura das passagens fronteiriças para facilitar a circulação de pessoas e provisões.

Conforme esta iniciativa, 48 horas depois da entrada em vigor da trégua, delegações de alto nível de Israel e das distintas facções palestinas viajarão ao Cairo.

Responsáveis egípcios manterão conversas com cada parte separadamente para garantir o cumprimento da iniciativa e tratar assuntos de segurança pendentes.

As duas partes têm que se comprometer a "não fazer nenhum tipo de ato que possa afetar de forma negativa a aplicação do acordo", acrescenta o texto.

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, viajará amanhã ao Cairo para abordar com responsáveis egípcios esta crise, no marco dos esforços para impulsionar um cessar-fogo.

Também está prevista a visita ao Egito do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que se reunirá com seu colega egípcio, Abdul Fatah al Sisi.

Mais de 170 palestinos morreram e cerca de 1,2 mil ficaram feridos nos sete dias que já dura a operação militar israelense "Limite Protetor" contra Gaza.

Esta ofensiva foi criticada pela comunidade internacional e especialmente pela Liga Árabe, cujos ministros das Relações Exteriores realizam nesta noite no Cairo uma reunião para abordar o assunto.

Em um relatório preliminar, a organização pan-árabe pediu à comunidade internacional, principalmente a ONU e Estados Unidos, que atue com rapidez para pôr fim à ofensiva e à ocupação israelense.

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