O candidato presidencial egípcio Ayman Nour disse nesta quinta-feira que pedirá a anulação das eleições de quarta-feira, as quais observadores internacionais afirmaram ter sido marcadas por fraude e outras violações. De acordo com os primeiros resultados da apuração, o atual presidente, Hosni Mubarak, lidera a corrida presidencial na busca de seu quinto mandato de seis anos.

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Uma comissão eleitoral, que teria que determinar uma nova votação, disse que é imune a revisões judiciais e já rejeitara um desafio nos tribunais feito por um grupo de defesa dos direitos humanos antes do pleito.

As eleições foram as primeiras com mais de um candidato no país do norte da África e revigoraram o debate político no Egito. Mubarak, de 77 anos, está no poder desde 1981 e deve vencer quando os resultados forem divulgados, no fim da semana.

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Nour, uma advogado de 40 anos, é parlamentar e o mais conhecido dos nove adversários de Mubarak.

Mohamed Kamal, um dos coordenadores da campanha do presidente, declarou que a decisão sobre uma nova votação caberia à Comissão Eleitoral Presidencial, chefiada pelo presidente da Suprema Corte Constitucional do país.

"Se houve irregularidades, elas foram limitadas e de modo algum afetaram o resultado final da eleição", disse Kamal à rede de TV por satélite Al-Jazeera. O assessor acrescentou que Nour está atacando o processo eleitoral porque ele vai ser derrotado.

Grupos de monitoração relataram diversas irregularidades, incluindo compra de votos, dificuldade de fiscalização, intimidação e discriminação em favor de Mubarak.

Hisham Kassim, assessor de Nour, disse que o partido do candidato, o Ghad (Amanhã), vai primeiro apelar à comissão eleitoral e, se necessário, aos tribunais competentes. Kassim rebateu as declarações de Kamal:

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- Não se trata de ganhar ou de perder, mas do processo em si. Se tivermos 1% ou 51%, se você sente que o processo é fraudulento, vamos tomar as medidas legais.