Não há novidades entre os candidatos que concorrem com alguma chance nas eleições presidenciais de domingo no Peru. O ex-presidente Alejandro Toledo, a deputada Keiko Fujimori e o nacionalista Ollanta Humala, que perdeu as eleições de 2006 para o presidente Alan García, estão entre os três primeiros colocados nas pesquisas. A falta de renovação evidencia um dos principais pontos fracos da política peruana.

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"A causa disso é a fragilidade dos partidos políticos, que são o centro de formação de novos líderes", afirma a analista política Cynthia Sanborn, da Universidade do Pacífico. "Quase todos os partidos atuam apenas como instrumentos eleitorais que se ativam para as eleições e depois deixam de atuar." Em períodos entre as eleições, a participação política é baixa e não há envolvimento de jovens nas organizações da sociedade civil. "Os jovens não veem a política como uma atividade interessante", explicou Cynthia.

Para o cientista político Enrique Bernales, da Comissão Andina de Juristas, os dez anos da era de Alberto Fujimori (1990-2000) influenciaram de forma decisiva para afastar da política tanto o movimento estudantil quanto o de trabalhadores. A única maneira de haver renovação no quadro político peruano é fazer com que os jovens participem ativamente de movimentos da área.

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"Durante a ditadura fujimorista, os jovens foram impedidos de se organizar politicamente e acabaram sendo desmobilizados, desmotivados e atemorizados", disse Bernales. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.