Marine Le Pen, da Frente Nacional, anuncia aliança com o austríaco Partido da Liberdade (FPOe), de Harald Vilimsky (à esq.), e com o líder da extrema-direita holandesa Geert Wilders (à dir.)| Foto: REUTERS / Francois Lenoir

Grande vencedora da eleição parlamentar europeia na França, a Frente Nacional de Marine Le Pen fechou um acordo com quatro outros partidos eurocéticos - contrários à política de integração dos países do continente - nesta quarta-feira (28), e prometeu que tentarão bloquear qualquer integração mais profunda da União Europeia.

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Após a vitória na votação de domingo (25), o partido francês anti-imigração se juntou ao holandês Partido da Liberdade, de Geert Wilders; à Liga Norte italiana; ao Partido da Liberdade da Áustria e ao belga Vlaams Belang (Interesse Flamenco). Todos eles caracterizam-se por defender uma ideologia de extrema-direita e pela postura contrária à integração, à moeda única e à imigração.

Contudo, para formar uma coalizão formal no Parlamento, é preciso ter a adesão de eurodeputados de ao menos sete países. Le Pen, confiante, descartou quaisquer dúvidas de que seja capaz de encontrar mais dois aliados.

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"Essas eleições foram para nós um grande sucesso. Tentaram nos dividir, mas não conseguiram. A nossa unidade e maturidade prevaleceram. Vamos procurar evitar qualquer novo progresso da UE, bloquearemos todas as tentativas de aumentar a integração europeia", declarou Le Pen em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

Juntos, os cinco partidos terão 38 representantes no Congresso, de um total de 751. A nova legislatura será dominada pelos conservadores do Partido Popular Europeu (214) e pelo Socialistas e Democratas (191).

O resultado do pleito do final de semana mostrou aumento no apoio a partidos eurocéticos na direita e na esquerda, já que os eleitores expressaram seu descontentamento com o desemprego crescente e economias estagnadas na Europa.