O líder cubano Fidel Castro criticou os Estados Unidos por terem enriquecido após a Segunda Guerra Mundial e reivindicou o pagamento de uma indenização de Washington por danos contra a ilha comunista.
Castro fez a cobrança em texto publicado no jornal estatal “Granma”.“Os Estados Unidos devem a Cuba as indenizações equivalentes a danos, que chegam a muitos milhões de dólares como denunciou nosso país com argumentos e dados irrebatíveis em intervenções na ONU”, diz Fidel.
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O líder cubano Fidel Castro surpreendeu nesta quinta (13) o presidente da Bolívia, Evo Morales, ao visitá-lo no hotel onde está hospedado em Havana, segundo noticiou a agência de notícias estatal boliviana ABI.
Leia a matéria completaEle não deu detalhes sobre que tipo de indenizações Cuba pede aos americanos. As autoridades cubanas reivindicam reparação americana pelo embargo comercial feito desde 1962 contra a ilha.
Por outro lado, empresas dos EUA pedem há mais de 50 anos reparação a Havana pelas expropriações na época da revolução cubana.
Segundo cálculo do jornal americano “Boston Globe” feito logo após a retomada das relações com Cuba, em dezembro, a estimativa é que a dívida cubana esteja em torno de US$ 7 bilhões, ou mais de 10% do PIB da ilha.
Guerra
No mesmo artigo, Fidel critica os americanos pelo ataque com bombas atômicas às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial. Para ele, a guerra permitiu o desenvolvimento americano.
“EUA, o país cujo território e indústrias permaneceram alheios à guerra, passou a ser o de maior riqueza e armamento da Terra, frente a um mundo destroçado, cheio de mortos, feridos e famintos.”
Em seu texto, Fidel não fez nenhuma menção à reabertura das embaixadas americana em Cuba e cubana nos EUA. Da mesma forma, não comentou sobre a visita do secretário de Estado americano, John Kerry, ao país na sexta (14).
Mesmo com seu irmão Raúl tendo retomado as relações com os Estados Unidos, Fidel continua criticando o país em suas reflexões. Em janeiro, ele disse não confiar nos americanos, mas saudou a volta dos contatos com eles.
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